A ligação da história do perfume com a história da moda ocorre porque é extremamente lucrativa já que perfume e roupa idealizam os princípios de elegância e integram o olhar dos gostos de cada época.
A ligação da história do perfume com a história da moda ocorre porque é extremamente lucrativa já que perfume e roupa idealizam os princípios de elegância e integram o olhar dos gostos de cada época.
Até o início do século XX, perfume era produzido apenas por casas de fragrâncias como Coty e Guerlain. Mas aí surge o estilista Paul Poiret e a sua ideia de empregar um perfumista, que resultou sob a marca Parfums de Rosine a criação de 50 fragrâncias entre 1910 e 1925.
Poiret abriu o caminho para novos estilistas que vieram em seguida – Coco Chanel, Jeanne Lanvin, etc.
O estilista era considerado a pessoa mais qualificada para entender as necessidades de uma mulher – de seus vestidos às suas joias – e o perfume passa a ser, a partir daí, uma das peças mais glamourosas do look feminino.
Inicialmente as fragrâncias foram criadas como forma de presentear as clientes mas logo em seguida passaram a ser vendidas tão logo os estilistas perceberam que poderiam ganhar mais dinheiro com eles do que com seus vestidos.
O exemplo clássico é Miss Dior, produzido a pedido do estilista Christian Dior para aromatizar o ambiente onde era realizado o desfile de sua nova coleção.

O perfume Miss Dior é um exemplo da vantagem recíproca do casamento do perfume com a alta costura
Posteriormente eles passam a ser vendidos em massa, visando o lucro, tornando-se itens de aquisição de elevado glamour associados às grandes marcas.
Muitas das renomadas casas de moda possuem seus perfumistas exclusivos, como: François Demachy (Dior), Jacques Polge (Chanel) e Jean-Claude Ellena (Hermès).
Mas também há uma outra forma de uma grande marca ter altos lucros com os perfumes: a ideia é produzir uma fragrância que seja apreciada, sem saber quem a produziu e, por vezes, não havendo interesse da marca em divulgar essa autoria, para que a fragrância produzida seja vinculada à marca e não ao perfumista.
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